sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Como a bíblia aborda a questão da homossexualidade?

No texto "A Congregação Cristã no Brasil e a Homossexualidade" citei alguns trechos bíblicos que tratam a questão da homossexualidade e pretendo agora analisar esta questão de um modo mais amplo. Conheço muitos cristãos, especialmente da CCB, que fazem muita confusão com relação ao tema. Até mesmo alguns gays ficam confusos.

Não é minha intenção com esta postagem renegar a bíblia, blasfemar contra Deus ou distorcer os textos em favor de meus argumentos. Simplesmente chamo a atenção para uma análise criteriosa e cuidadosa do tema. Muitos cristãos (CCB e outros) erram por não atentarem a isto e prejudicam muitos jovens com suas pregações preconceituosas por falta de conhecimento.

É fato que a  interpretação isolada de alguns trechos da bíblia podem causar efeitos negativos: basta observar como certos líderes religiosos são enfáticos na condenação da homossexualidade. Às vezes seus argumentos beiram o cinismo e mais contribuem para a intolerância do que para a formação de uma sociedade mais justa e igualitária.

Para uma maior compreensão de como a bíblia aborda o tema é necessária a análise do contexto da escrita, como vivia a sociedade na época, conhecer quais eram os motivos do autor, as diversas traduções e edições de textos bíblicos entre outros. A ignorância dos fatos contribui com a postura dos religiosos que citam as passagens bíblicas para a condenação da homossexualidade com um ódio disfarçado.

O termo homossexual apareceu pela primeira vez em um panfleto alemão de autoria anônima, publicado em 1869, que se opunha à uma lei prussiana contra pessoas que se relacionavam com outras do mesmo sexo. No mesmo ano, o termo homossexualidade foi utilizado por um médico húngaro que defendia sua legalização.
Homos = igual (do grego antigo) + Sexus = sexo (do latim)

A bíblia foi escrita em um período compreendido entre 1445 a.C. e 90 d.C. aproximadamente. Em algumas traduções da mesma encontramos as palavras homossexual e homossexualidade. Cabe uma pergunta: Como poderiam seus escritores terem usado uma palavra que não existia na época? Outra questão: Seria, algumas das traduções, tendenciosas neste aspecto?


Estaria sendo modificado o sentido original do texto, uma vez que na tradução de um termo se utiliza uma palavra que era desconhecida?

Estas são apenas algumas questões que merecem ser investigadas dentre tantas outras.

O Livro do Levítico

Com varão não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é.
[Levítico 18:22]

Quando também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue é sobre eles.
[Levítico 20:13]


Os versos acima assolam muitos gays e são usados com veemência pelos pregadores para condenar a homossexualidade. Mas por que não conhecer o livro do Levítico, e outros, em suas totalidades?  O livro de Deuteronômio, por exemplo, ensina que as mulheres que se casam e não são virgens, uma vez descoberta essa condição pelo marido, devem ser mortas a pedradas. Felizmente os religiosos não estão empenhados em condenar e em matar mulheres nesta condição! Ainda que alguns sórdidos pensamentos fossem tentados a tal, existem leis que impedem homicídios! Mas continuam por aí condenando a homossexualidade e alguns mais exaltados, em seu íntimo, desejando a morte aos gays.

Estudiosos das escrituras sagradas afirmam que era parte da tradição de muitas religiões das localidades circunvizinhas de Israel, a prática de rituais homoeróticos - que muitas das vezes beiravam a idolatria, que era condenada pelo povo de Israel. Os hititas, povo vizinho e inimigo do povo de Israel, possuíam uma lei que autorizava o casamento entre homens (por volta de 1400 a.C.). Estas seriam, provavelmente, algumas das causas da condenação de relacionamentos entre homens, descritas em Levítico - o povo de Israel não deveria ter costumes praticados pelos vizinhos inimigos. Observem que tais rituais eram praticados apenas por homens e não por mulheres e as escrituras se referem apenas a relacionamentos entre homens, já entre mulheres nada foi dito. Esta observação fortalece a tese de que a condenação visava afastar a ameaça dos rituais idolátricos e não a homossexualidade em si.

Outro ponto importante a ser observado é que o texto cita tais relacionamentos como uma abominação e não como um pecado.

Dentre as inúmeras leis do pentateuco, apenas duas vezes há referência sobre a homossexualidade - e apenas com relação à masculina.

Analisando o livro do Levítico, o que dizer por exemplo de outras abominações, como os tabus alimentares (sobre o comer carne de porco e crustáceos, por exemplo), vestir roupas feitas com tecidos diferentes e os tabus relativos ao esperma e ao sangue menstrual, que hoje estão completamente abandonados e esquecidos?

Veja que o mesmo texto que condena a homossexualidade (na visão de muitos religiosos) também condenam todas as demais coisas descritas no parágrafo anterior. Se as questões sobre tabus alimentares, esperma e sangue menstrual já foram superadas, por que insistem os pregadores na condenação aos gays baseados no livro do Levítico?

Sodoma e Gomorra

E vieram os dois anjos a Sodoma à tarde, e estava Ló assentado à porta de Sodoma; e vendo-os Ló, levantou-se ao seu encontro, e inclinou-se com o rosto à terra, e disse: eis agora, meus senhores, entrai, peço-vos, em casa de vosso servo, e passai nela a noite, e lavai os vossos pés (...) E antes que se deitassem, cercaram a casa os varões daquela cidade, os varões de Sodoma, desde o moço até ao velho; todo o povo de todos os bairros. E chamaram a Ló, e disseram-lhe: Onde estão os varões que a ti vieram nesta noite? Traze-os fora a nós, para que os conheçamos.
[Gênesis 19:1, 2 e 4]

A destruição da suposta intenção homoerótica dos habitantes de Sodoma em relação aos três visitantes de Abraão e aos dois visitantes de Ló, apresenta sérias dificuldades de interpretação. Quando os habitantes de Sodoma declararam a intenção de conhecer os visitantes, maliciosamente se interpretou o verbo "conhecer" como "ato sexual". Segundo os estudiosos da bíblia, das 943 vezes que esta palavra aparece no Antigo Testamento, em apenas 10 ela tem o significado heterossexual e nenhuma vez o sentido homossexual. A associação do pecado dos sodomitas e gomorritas com a homossexualidade é um grave erro histórico, que teve sua oficialização pela Igreja Católica apenas na Idade Média.

Segundo a bíblia, o motivo da destruição das cidades de Sodoma e Gomorra foram a perversidade de seus habitantes e a imoralidade e a desobediência ao Senhor.

Após o retorno de Abraão do Egito, o relato bíblico menciona que os habitantes de Sodoma eram grandes pecadores contra Deus. Porém, isso não impediu uma coexistência pacífica entre os habitantes de Sodoma com o patriarca Abraão e com o seu sobrinho, Ló.

Alguns escritos judaicos clássicos enfatizam os aspectos de crueldade e falta de hospitalidade com forasteiros. Uma tradição rabínica, exposta na Mishnah(1), afirma que os pecados de Sodoma estavam relacionados à ganância e ao apego excessivo à propriedade, e que são interpretados como sinais de falta de compaixão. Alguns textos rabínicos acusam os sodomitas de serem blasfemos e sanguinários.

Por mais estranho que pareça, outra tradição rabínica indica que Sodoma e Gomorra tratavam os visitantes de forma sádica. Um dos crimes cometidos contra os forasteiros é quase idêntico ao de Procusto(2), na mitologia grega, dizendo respeito à "cama de Sodoma" (midat sdom) na qual os visitantes eram obrigados a deitar. Se os hóspedes fossem mais altos, eram amputados, se eram mais baixos, eram esticados até atingirem o comprimento da cama.

Vale destacar que, segundo os mais estudiosos das sagradas escrituras, os pecados de Sodoma e Gomorra são a injustiça e a falta de hospitalidade, mas não a homossexualidade. Prova disto é que todos os textos que aludem a estas cidades no Antigo Testamento, atribuem sua destruição a outros pecados e não à homossexualidade: falta de justiça (Isaías 1:10 e 3:9); adultério, mentira e falta de arrependimento (Jeremias 23:14); soberba, intemperança na comida, ociosidade e por não ajudar o pobre e o necessitado (Ezequiel 16:49). No Novo Testamento, não há qualquer ligação da destruição de Sodoma e Gomorra com a homossexualidade (Mateus 10:14,15 e Lucas 10:12 e 17:28,29). Apenas nos livros de Judas e Pedro é que aparece em toda a bíblia alguma conexão entre Sodoma e Gomorra e a sexualidade (Judas 1:7, II Pedro 2:6,10), mas mesmo aí não existe relação com a homossexualidade.

Davi e Jônatas

E sucedeu que, acabando ele de falar com Saul, a alma de Jônatas [filho de Saul] se ligou com a alma de Davi; e Jônatas o amou, como à sua própria alma (...) E Jônatas e Davi fizeram aliança, porque Jônatas o amava como à sua própria alma.
[I Samuel 18:1,3]

Então se acendeu a ira de Saul contra Jônatas, e disse-lhe: Filho da perversa em rebeldia; não sei eu que tens elegido o filho de Jessé [Davi], para vergonha tua e para vergonha da nudez de tua mãe?
[I Samuel 20:30]

Então Jônatas deu as suas armas ao moço que trazia, e disse-lhe: Anda, e leva-as à cidade. E, indo-se o moço, levantou-se Davi da banda do sul, e lançou-se sobre o seu rosto em terra, e inclinou-se três vezes; e beijaram-se um ao outro, e choraram juntos, até que Davi chorou muito mais.
[I Samuel 20:40,41]

Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; quão amabilíssimo me eras! Mais maravilhoso me era o teu amor do que o amor das mulheres.
[II Samuel 1:26]

Davi e Jônatas tiveram algum envolvimento homoafetivo? Ninguém pode afirmar, mas se tiveram ou não, não importa. A história construída pelos dois foi mais forte que este detalhe. Muitos pregadores evitam ler tais trechos bíblicos nas igrejas com receio de possíveis interpretações. A dificuldade em lidar com a situação, caso questionados, faz com que evitem as leituras, ignorando assim o amor e a amizade sincera entre os dois.

Lendo os livros de Samuel na bíblia podemos observar a grande amizade e amor entre Davi e Jônatas, que se tornou mais forte após o rei Saul, pai de Jônatas, determinar perseguição à Davi para o matar, pois a popularidade e liderança de Davi cresciam entre o povo e colocavam o reinado de Saul em perigo.



Muitos cristãos, nos dias atuais, condenariam grandemente o relacionamento e a proximidade entre dois jovens, da forma como foi a proximidade entre Davi e Jônatas. Novamente vê-se impregnada neste caso a questão da sociedade machista.

O apóstolo Paulo

Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.
[Aos Romanos 1:26,27]

Não erreis; nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.
[I aos Coríntios 6:10]

Alguns exegetas (estudiosos da bíblia) católicos e protestantes, cito Mecneill, Thevenot, Noth, Kosnik entre outros, ao examinarem cuidadosamente na língua original os textos das epístolas do apóstolo Paulo citados acima, concluíram que os cristãos têm dado uma interpretação errônea a estas passagens.

Quando Paulo diz que algumas categorias de pecadores não herdarão o Reino dos Céus, muitas bíblias incluem nesta lista os "efeminados" e os "homossexuais". E isto parece um tanto estranho já que muitos efeminados não são necessariamente homossexuais. Se Paulo de Tarso quisesse condenar especificamente os praticantes do homoerotismo teria empregado o termo corrente em sua época e de seu perfeito conhecimento - os pederastas. Em vez desta palavra, Paulo usou as expressões gregas "malakoi", "arsenokoitai" e "pornoi" - que as melhores edições da bíblia traduzida para o português traduzem por "pervertores", "pervertidos" e "imorais". Portanto foram estes pecadores que Paulo incluiu em suas listas dos que não herdarão o Reino dos Céus e não os os homossexuais, palavra esta desconhecida na época. O que se condenou foi a perversão e não a homossexualidade.

Segundo os historiadores, vivendo o apóstolo Paulo numa época de grande licenciosidade sexual(3) - tempo de Calígula, Nero e Satíricon - esperando o retorno de Cristo e o fim do mundo, ele condenou sim os excessos e abusos sexuais dos povos vizinhos, mas nunca o amor inocente e recíproco.

O exemplo de Jesus

O maior argumento para se comprovar que as escrituras sagradas não condenam o amor entre pessoas do mesmo sexo é o fato de Jesus Cristo nunca ter falado nenhuma palavra contra os homossexuais. Se a homossexualidade fosse um pecado, certamente o Filho de Deus teria incluído este tema em sua mensagem.

O que Jesus condenou foi a dureza de coração, a intolerância dos fariseus hipócritas, a crueldade daqueles que dizem "Senhor, Senhor!" mas se esquecem da caridade e do respeito aos outros. Foi o próprio Jesus quem deu o exemplo de tolerância em relação aos marginalizados, pois visitou, andou e se alimentou com pecadores, prostitutas e publicanos.

Em outra passagem bíblica, o próprio Filho de Deus ensinou que faz parte dos planos do Criador que alguns homens tenham uma sexualidade não reprodutora biologicamente:

Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos por causa do reino dos céus. Quem pode receber isto, receba-o.
[Mateus 19:12]

Conclusão

A bíblia menciona o comportamento homossexual a partir das interpretações de seus tradutores, em termos extremamente negativos, em versos amplamente espalhados, mas pesquisas modernas têm aumentado consideravelmente a dúvida evidente sobre a interpretação tradicional destas passagens - uma interpretação que tem trazido trágicas consequências para os homossexuais através de quase toda a história cristã.

A maioria das pessoas crescem desejando e procurando um relacionamento íntimo e amoroso com uma pessoa do sexo oposto. Homossexuais, por outro lado, são aqueles que descobriram que seus desejos convergem em direção à pessoas do mesmo sexo. Como e por que esta variante ocorre ainda não é possível explicar, tendo, provavelmente, consequência a partir de uma ampla ordem de fatores.

O que importa, entretanto, do ponto de vista do pecado, é que a maioria dos homossexuais não tem recordações de terem escolhido esta orientação sexual, do mesmo modo que os heterossexuais têm consciência de ter desejo pelo sexo oposto. Trata-se apenas de uma inclinação emocional, uma parte integrante da personalidade. E estes indivíduos sentem que nada na terra jamais mudará isto, assim como os heterossexuais não podem se imaginar transformando-se em homossexuais.

A verdade é que, ao que tudo indica, a sexualidade humana é livre e solta, e que um interesse emocional se desenvolve muito cedo na vida e que este interesse, então, vem cada vez mais à tona, à medida que a puberdade e a adolescência afloram certas fantasias e determinados comportamentos sexuais.

A razão, consequentemente, do porquê dos homossexuais procurarem contato íntimo com indivíduos de seu próprio sexo não reside no fato de serem pervertidos ou luxuriosos, mas sim porque sua natureza íntima - a natureza que Deus lhes conferiu - não lhes permite viver o padrão de vida heterossexual. Para os homossexuais, tentar viver uma vida tipicamente heterossexual é viver dentro de uma mentira, um atentado moral e espiritual contra seu parceiro e contra si mesmos. Tal relacionamento não satisfaz a função de que deve ser alcançada por todo tipo de envolvimento entre duas pessoas: satisfação, alegria, prazer, respeito e afeição. Diferentemente dos heterossexuais, os homossexuais se sentem completos apenas por uma pessoa do mesmo sexo.

Isto não significa que homossexuais não possam se envolver em práticas sexuais de cunho heterossexual. Muitos podem praticar sexo heterossexual, assim como muitos heterossexuais são capazes de se envolver em atividades homossexuais. Mas sentem-se completos com um parceiro do mesmo sexo, não por mera perversão, mas porque somente um parceiro do mesmo sexo os satisfaz emocionalmente. Para haver pecado, deve haver uma possibilidade de escolha moral. Onde não há escolha não pode haver pecado. Assim, se a orientação sexual não é uma questão de escolha do indivíduo, não pode ser pecado ser homossexual, da mesma forma que não é pecado ser heterossexual. Se a homossexualidade é um pecado, o comportamento heterossexual também.

Na verdade, os cristãos heterossexuais devem ter cuidado para não agirem da mesma forma que os Fariseus do passado, legando para seu semelhante um fardo que eles próprios não teriam como suportar.

A bíblia parece, claramente condenar apenas 3 coisas com relação à homossexualidade:
  
1. O estupro homossexual;

2. O ritual envolvendo prostituição homossexual e que fazia parte do culto da fertilidade dos cananeus e que alguns judeus passaram a idolatrar antes da Lei de Levíticos;

3. Luxúria e comportamento homossexual da parte de indivíduos heterossexuais.

Sobre o tema da homossexualidade como uma orientação e sobre o comportamento consensual de pessoas que possuem esta orientação, a bíblia faz completo silêncio. A orientação em si era, aparentemente, desconhecida ou pelo menos não reconhecida pelos autores bíblicos. Somente a partir de 1890 a ciência da psicologia começou a reconhecer a homossexualidade como uma entidade distinta.

A visão bíblica da homossexualidade pode depender, enormemente, da visão particular da Escritura. Para excluir a homossexualidade da cristandade, algumas pessoas utilizam a "prova textual". É a mesma técnica utilizada no passado para sustentar outras formas de intolerância, como por exemplo, a escravidão. Citações da bíblia são usadas ainda hoje para justificar a discriminação contra as mulheres e minorais raciais. A prova textual é o uso de uma Escritura que parece demonstrar um certo tópico como prova da opinião de Deus concernente àquele tema. Entretanto, três coisas são ignoradas na prova textual:

1. O contexto cultural da escritura original;

2. O sentido original da língua da época em que foi escrita;

3. As mensagem completas que circundam o texto e aparecem através do corpo completo da bíblia.

Devemos conhecer o contexto social no qual as palavras do texto foram escritas, qual era a sociedade para a qual o texto foi escrito, qual a sua cultura, que situação específica originou o texto, como o texto relata a completa visão do autor, como ele é visto à luz de toda a mensagem bíblica, como se relaciona com todos os demais textos, se ocorrem divergências entre os autores etc.

Muitos, num certo sentido, interpretam a bíblia à luz da linguagem e do tempo no qual ela foi escrita. Por exemplo, a bíblia diz "olho por olho, dente por dente", ou "se tua mão direita te serve de escândalo, corta-a e lança-a fora de ti". Nos dias atuais é muito difícil encontrarmos pessoas que arrancaram seus olhos ou amputaram seus braços reforçando estes preceitos.

Notas:
  • (1) A palavra Mishnah que significa "repetição" e também "estudo" é uma das principais obras do judaísmo rabínico e a primeira grande redação na forma escrita da tradição oral judaica, chamada a Torá Oral.
  • (2) Procusto é um personagem da mitologia grega, que faz parte da história de Teseu. Ele era um bandido que vivia na serra de Elêusis. Em sua casa, ele tinha uma cama de ferro, que tinha seu exato tamanho, para a qual convidava todos os viajantes a se deitarem. Se os hóspedes fossem demasiados altos, ele amputava o excesso de comprimento para ajustá-los à cama, e os que tinham pequena estatura eram esticados até atingirem o comprimento suficiente. Uma vítima nunca se ajustava exatamente ao tamanho da cama porque Procrusto, secretamente, tinha duas camas de tamanhos diferentes. Continuou seu reinado de terror até que foi capturado pelo herói ateniense Teseu que, em sua última aventura, prendeu Procusto lateralmente em sua própria cama e cortou-lhe a cabeça e os pés, aplicando-lhe o mesmo suplício que infligia aos seus hóspedes.

Um comentário:

  1. A paz de Deus irmãos, estou passando um momento muito difícil meu pai um grande servo de Deus está com câncer e minha mãe serva querida vai operar o coração, acabei de me formar sou graduadao em marketing e fiz Mba pós graduação em Gestão de Pessoas, começaria a lecionar para faculdade Anhanguera agora em junho.
    Infelizmente irmãos as infermidades dos meu pais e o término de um relacionamento de 3 anos e meio com meu ex , me fez cair em total depressão.
    Peço a orações de vocês .
    Não sou batizado tenho 28 anos congrego desde criança, as vezes penso em suicídio, mas sei que iria direto para as mãos do outro...
    Penso em me batizar será que ajudaria¿ gosto e desejo homens, sou para casar
    quero um servo, que pecado...mas é verdade já namorei 2 irmaozimhos...
    QUERO FAZER AMIZADES PARA CONGREGAR MINHA COMUM É NO BRÁS.
    QUEM SE INTERESSAR MEU CELULAR É 11953624810
    BRYAN

    DESCCULPEM A CARNALIDADE , MAS ACHO QUE PELO MENOS AQUI POSSO SER SINCERO

    A paz de Deus

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