Vimos há pouco nos noticiários a agressão sofrida pelo estudante de Direito da USP, André Cardoso Gomes Baliera, no bairro de Pinheiros em São Paulo. Segundo um dos agressores, ele apanhou "de besta" e porque não seguiu seu caminho. Este é mais um caso de intolerância e homofobia. A irmã do acusado, em entrevista, afirmou que seu irmão não é violento e que estava no lugar errado na hora errada e ainda completa: "o menino nem morreu". Como se o ato praticado em si não fosse violento ao extremo e devesse ser levado em conta apenas se a vítima morresse.
A vítima é instruída e estuda em uma das melhores universidades da América Latina.
Muitos gays moram nas periferias das grandes cidades e não têm um nível de estudo elevado. Suas baixas condições financeiras não lhes dão a independência necessária. Entre o próprio meio gay tais pessoas são muitas das vezes tratadas como "bichinhas pão-com-ovo" num outro tipo de preconceito - o social. Estes tais sofrem agressões principalmente dentro da própria casa e ficam reféns de uma situação humilhante por não possuírem condições financeiras suficientes que lhes deem a independência.
Aparece nos noticiários alguns casos de agressões contra homossexuais nas periferias, mas em número menor, como o caso em São Paulo do taxista que matou o jovem estudante Tarso César Carmona e feriu seu amigo, apenas porque as vítimas deram sinal para que o taxista parasse.
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Tarso Carmona (esquerda) e André Baliera (direita) |