segunda-feira, 29 de abril de 2013

Igreja gay? Que história é essa?

Sábado passado, dia 27 de abril, a Igreja Cristã Contemporânea inaugurou um templo na cidade de São Paulo, região do Tatuapé. Os grandes veículos de comunicação noticiaram "igreja gay", o que me chamou a atenção!

Vem cá, que história é essa de igreja gay? Pelo amor de Deus... A igreja não é apenas para os gays. Se fosse, fugiria em muito do princípio básico de não discriminar quem quer que seja.

Se é igreja cristã então baseia-se em Cristo, antes de tudo. Assim sendo, não há discriminações sobre quem participa de seus cultos, certo?

Mas muitas outras são cristãs e não admitem gays como membros atuantes... Verdade! Esta ainda é uma questão não superada pela grande maioria das igrejas cristãs.

Mas igrejas como a Igreja Cristã Contemporânea ou a Igreja Cidade de Refúgio, que também tem templo em São Paulo, são diferentes neste aspecto. Apesar de não conhecer bem os fundamentos de ambas as igrejas, penso que suas propostas não são de exclusão, mas de inclusão, pelo pouco que li em seus sites e textos.

Considero um desserviço os noticiários divulgarem "igreja gay". A mim, esta ideia de gueto não faz sentido. O que se busca é a igualdade, e isto dificilmente acontecerá formando-se grupos isolados.

Notícias assim, aparentemente ingênuas como figura de linguagem ("igreja gay"), parecem tendenciosas e não colaboram com a igualdade que os gays buscam na sociedade.

Finalizando: AS IGREJAS NÃO SÃO GAYS! Apenas tratam normalmente os gays assim como quaisquer outros membros que não sejam gays.



Nada contra, se não é em casa. Ou: enrustido é o preconceito!

Outro dia saí com um amigo e sua esposa. Andávamos por um parque, conversando. De repente surgiu o assunto homossexualidade ao observar algumas pessoas que caminhavam por ali. "Casal gay com filhos?" - indagou a esposa de meu amigo, num ar de espanto. Minha resposta foi natural e imediata: "Sim". Notoriamente ela estava incomodada em como se daria a "educação" da criança. Confesso que, por alguns segundos, pensei em não entrar neste debate, dada a natureza tão sem sentido das ideias dela. Claro que ela tem o direito de pensar de acordo com suas referências e de manifestar sua opinião, isto é garantido pela nossa Constituição e, ainda que não fosse, dado o meu perfil, jamais subtrairia de quem quer que seja este direito. Explicarei adiante por que considerei a indagação dela sem sentido. Passei a querer ouvir as suas ideias, que se baseavam parcamente em frases do tipo "Filho de casal gay vira gay"; "É descabido uma criança ver dois homens se beijando dentro de casa"; "A formação da criança estará prejudicada". Parou aqui. Confesso que esperava mais, mas... Quando há preconceito, apenas o trabalho de ecoar frases tem seu valor!